Como fazer tratamento de Infertilidade pelo SUS?

Para explicar sobre como é realizado o tratamento de infertilidade no Sistema Único de Saúde (SUS) vamos trazer primeiramente as informações do site “Observatório de Saúde” e depois vamos explicar como iniciar o tratamento em um posto de saúde pública.


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A infertilidade é um problema que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge 15% dos casais em todo mundo e estatísticas apontam que esse número deverá tomar proporções ainda maiores.

Isso se deve ao fato de que, em muitos casos, a dificuldade de fertilização está diretamente ligada a fatores como consumo de álcool e tabaco, sedentarismo, obesidade, poluição e as doenças sexualmente transmissíveis (DST).

No Brasil, o Ministério da Saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), presta assistência gratuita a casais que não podem ter filhos. A reprodução assistida no SUS, seja por meio de inseminação artificial ou por fertilização in vitro, integra a rede pública de saúde desde dezembro de 2012 através da Portaria 3.149.

Atualmente, esse recurso é parte das estratégias de planejamento familiar, asseguradas pela Constituição Federal e também pela Lei n° 9.263, de 1996. Nesse cenário, os tratamentos de infertilidade são considerados tão importantes quanto os métodos contraceptivos oferecidos pelo SUS para evitar a gravidez.

Para ter acesso à reprodução assistida na rede pública, o casal precisa estar tentando engravidar pelo método natural durante dois anos. A porta de entrada para o tratamento são unidades de Atenção Básica, como Clínicas da Família ou postos de saúde.

Nesses locais, são realizados os exames necessários para a inserção dos pacientes na fila de espera. Em 2018, cerca de 13 unidades de saúde pública espalhadas pelo país realizavam esse trabalho.

A médica especialista em reprodução humana e professora da UFRJ, Maria do Carmo, explica que os dois principais métodos de reprodução assistida são a inseminação artificial e a fertilização in vitro (FIV). Ela ressalta, porém, que o acesso a FIV no sistema público de saúde é restrito. Já a cobertura de inseminação artificial é mais abrangente no SUS.

“A inseminação consiste em diminuir o caminho percorrido pelo espermatozoide até o óvulo, e é considerado um procedimento mais simples. Já a fertilização in vitro é um método mais complexo e, consequentemente, mais caro.”, ressalta a médica.

Maria do Carmo também esclarece que o tipo de tratamento varia de acordo com o quadro clínico de cada paciente.

A inseminação intra-uterina é uma técnica com maior objetividade. Esse procedimento é indicado em diversos casos, como situações nas quais o homem possui alterações leves no sêmen ou quando a mulher não ovula adequadamente.

Já a fertilização in vitro é indicada nos casos em que a mulher apresenta alterações nas trompas ou quando o homem tem uma alteração importante no sêmen, como baixa concentração de espermatozoides ou baixa motilidade.

Em 2018 tínhamos as seguintes Unidades de Saúde oferecendo o tratamento de infertilidade pelo SUS:

  • Belo Horizonte (MG): Hosp. das Clínicas da UFMG
  • Brasília (DF): Hospital Materno Inf. de Brasília (HMIB)
  • Goiânia (GO): Hospital de Clínicas
  • Natal (RN): Mat. Escola Januário Cicco
  • Porto Alegre (RS): Hospital Nossa Senhora da Conceição – Fêmina
  • Porto Alegre (RS): Hospital das Clínicas
  • Recife (PE): Instituto de Med. Int. Prof. Fernando Figueira – IMIP
  • Rio de janeiro (RJ): Instituto de Ginecologia da UFRJ
  • São Paulo (SP): Hospital das Clínicas São Paulo
  • São Paulo (SP): Centro de Referência da Saúde da Mulher São Paulo – Pérola Byington
  • São Paulo (SP): Hospital das Clínicas FAEPA Ribeirão Preto
  • São Paulo (SP): UNIFESP
  • São Paulo (SP): Faculdade de Medicina do ABC

Fonte destas informações: observatoriodasauderj.com.br/infertilidade-sus-oferece-tratamento-gratuito/


Sugestões de outras matérias falando sobre o tratamento de infertilidade pelo SUS:

https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2021/01/12/criei-ong-para-ajudar-mulheres-a-fazer-fertilizacao-in-vitro-pelo-sus.htm

https://www.folhavitoria.com.br/saude/noticia/06/2020/reproducao-assistida-pode-ser-realizada-no-sus

drathaishespanhol.com.br/e-possivel-fazer-fiv-fertilizacao-in-vitro-pelo-sus-sem-custos

https://www.vix.com/pt/bdm/saude/tratamento-de-infertilidade-pelo-sus-como-fazer-reproducao-assistida-gratuitamente

Como fazer tratamento de Infertilidade pelo SUS?


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O primeiro passo para iniciar um tratamento de infertilidade pelo SUS é agendando uma consulta com um ginecologista no posto de saúde mais próximo de você para uma análise do caso e futuros encaminhamentos para iniciar o tratamento.

Portanto, saiba que existem três maneiras de conseguir agendar uma consulta com este profissional pelo SUS: online, por telefone ou presencialmente.

Abaixo, explicaremos resumidamente como você pode conseguir marcar seu atendimento médico em cada uma destas alternativas.

  • Marcação de consulta de forma online

Para fazer a marcação de sua consulta pela internet é possível utilizar o site ou aplicativo do ConecteSUS.

Todavia, para fazer marcações de consultas online é necessário estar cadastrado na unidade de saúde que deseja atendimento e solicitar ao estabelecimento de saúde a inclusão dos seus dados no sistema.

Traduzindo: você primeiro precisa ligar ou comparecer no posto de saúde ou hospital no qual deseja atendimento e solicitar para que façam um cadastro utilizando os seus dados pessoais (nome, CPF e número do Cartão SUS).

Se você já estiver cadastrado no estabelecimento de saúde onde deseja marcar sua consulta, basta seguir o tutorial que preparamos no link abaixo:

Como marcar consulta médica pelo SUS

  • Agendamento de consulta no SUS por telefone

Para agendar consulta médica pelo SUS você pode utilizar também o telefone. Basta ligar diretamente para o posto de saúde no qual deseja atendimento ou telefonar para o número 136 do Disque Saúde.

O Disque Saúde 136 funciona 24 horas e a ligação é gratuita. Entretanto, para falar diretamente com um operador humano e não apenas navegar nas opções, o atendimento é de segunda a sexta-feira (das 7h às 22h) e aos sábados e domingos (das 8h às 18h).

O Disque Saúde pode ser usado nas seguintes situações: denúncias, reclamações, marcações de consultas, tratamentos e cirurgias, informações sobre doenças, programas e campanhas do Ministério da Saúde, elogios e sugestões.

Caso não consiga marcar sua consulta através do Disque Saúde, aconselhamos que entre em contato diretamente com o posto de saúde ou hospital do seu interesse.

Para descobrir qual o número de telefone, basta entrar no Google e pesquisar pelo nome do posto ou hospital.

  • Marcação de consulta no SUS de forma presencial

Se você não conseguiu marcar a consulta médica no SUS de forma online ou por telefone, infelizmente não resta outra alternativa: você precisará ir até o posto de saúde ou hospital para solicitar a marcação de consulta com a especialidade médica necessária para resolver seu problema.

Para descobrir o endereço e horário de funcionamento do estabelecimento de saúde onde deseja atendimento, o nosso conselho é o mesmo do item anterior: acesse o Google e pesquise pelo nome do posto ou hospital.

Qual a importância do tratamento de infertilidade?


O comportamento social segue caminhando para que as pessoas estejam cada vez mais livres para exercerem suas escolhas, uma delas a de ter ou não um filho. Embora o peso de escolher não ter um filho caia mais sobre a mulher, muitos casais estão bem dessa forma, seguros de sua decisão.

Também existe um número bastante significativo de casais que sonham em aumentar a família e não conseguem. Dentre esses casais, muitos experimentam, ainda, uma espécie de peso: por que não conseguimos engravidar?

Não raro esses casais encerram-se em tristezas, frustrações e perguntas, iniciando ainda hoje, apesar de tantas informações que a comunidade médica difunde, um perigoso jogo de culpa, sentindo-se mal por não cumprirem algo como um “propósito biológico”, o da reprodução.

Sim, ainda existe esse tipo de cobrança que as próprias pessoas colocam em si mesmas, como se houvesse a obrigação de fazer com que esse “propósito” se realize. Entretanto, esse tipo de cobrança não existe quando alguém tem algum problema cardíaco ou respiratório, por exemplo.

Em casos assim, não existe a tendência de cobrar o coração para que funcione “normalmente” ou o pulmão para deixar de apresentar crises respiratórias.

Por que a fertilidade, algo que também não cabe ao indivíduo controlar, não pode ser tratada com a mesma naturalidade?

Muitos casais que passam por problemas relativos a tentativas de engravidar tendem a tratar do assunto de uma forma pouco saudável: em silêncio.

É claro que esse é um tópico sensível para muitas pessoas e não queremos incentivar aqueles atravessando esse tipo de situação a falarem abertamente sobre o assunto com toda e qualquer pessoa apenas pelo fato de ser uma situação que pode acontecer com qualquer um, à semelhança de um problema cardíaco ou respiratório.

Mas queremos estimular pessoas que se veem em casos assim a procurarem orientação médica. Apenas um profissional consegue identificar se existe de fato algum problema impedindo aquele casal de engravidar (alguns casais não conseguem engravidar sem motivo aparente, levando o médico a cogitar ser uma questão psicológica), qual problema é esse e se cabe algum tipo de tratamento.

O primeiro passo é entender que a infertilidade não é um problema de gênero, ou seja, tanto homens quanto mulheres podem ter alguma condição biológica que afete a fertilidade.

No caso das mulheres, a faixa etária pode impactar no potencial reprodutivo, bem como a endometrioses, algum tipo de lesão nas trompas da Falópio, ter doenças crônicas (como asma, câncer, diabetes, outras), fazer o uso de medicamentos como antidepressivos e outras situações.

Já entre os homens, é comum que a fertilidade seja impactada por alterações na produção do esperma, problemas de ereção, alterações do trato genital impossibilitando que o esperma seja depositado no fundo da vagina durante a relação sexual e outras.

Por isso, se o casal está tentando engravidar há vários meses sem obter sucesso, é fundamental buscar ajuda de um profissional para que o problema possa ser identificado: com o homem, com a mulher ou mesmo com ambos.

É muito importante que essa busca seja feita com tranquilidade e entendendo que não se trata de responsabilidade por não poder engravidar, mas de um caso que pode acontecer com qualquer homem ou com qualquer mulher.

Não cabe ao casal tentar adivinhar o que está acontecendo, mas sim ao profissional qualificado investigar as possíveis causas e oferecer as soluções adequadas.

É comum que casais com dificuldade para engravidar tendam a procurar imediatamente uma clínica especializada em fertilização. Mas pode ser que valha a pena procurar o ginecologista (responsável pela saúde dos órgãos sexuais femininos) e o urologista (responsável pela saúde dos órgãos sexuais masculinos) em primeiro lugar para que alguns exames possam ser realizados.

É importante que o casal entenda que a dificuldade de engravidar pertence aos dois, ainda que aquilo que tem impedido a gravidez seja diagnosticado apenas em uma das partes.

Logo, é muito interessante que o casal compareça juntos sempre que possível às consultas. Isso ajuda no tratamento e no apoio emocional. Além dos exames prévios que podem ser realizados com esses profissionais, eles podem indicar clínicas especializadas em fertilização, deixando os pacientes um pouco mais seguros nesse momento.

As consultas com um profissional especialista em fertilidade também seguem o entendimento de que esse é um problema do casal, não apenas de uma das partes. Então, aqui também se faz necessário que tanto o homem quanto a mulher compareçam conjuntamente.

É o momento de esclarecer dúvidas, receber orientações e conhecer os tratamentos disponíveis. É bem provável que o profissional solicite exames mais específicos para ter certeza do caso a ser tratado e qual tratamento indicar.

Todo esse processo pode ser um pouco desgastante, pois existe a possibilidade de que o tratamento não funcione de acordo com a expectativa do casal, ou seja, pode ser que demore um pouco.

O importante é ter uma sólida rede de apoio e submeter-se ao tratamento com muita cumplicidade e dedicação às orientações médicas.

Atualmente, a Medicina está bem avançada e as chances de sucesso com tratamentos para engravidar costumam ser bem altas e os meios para tal, seguros.

Casais homoafetivos que desejam engravidar devem tratar do assunto diretamente na clínica de fertilização. Assim, poderão conversar sobre suas expectativas com um profissional e serão apresentados às possibilidades disponíveis.

Com relação aos custos envolvidos em tratamentos de fertilidade, eles variam de acordo com fatores diversos: clínica buscada, o motivo que tem impedido o casal de engravidar e a técnica que será utilizada no tratamento.

Pessoas que possuem plano de saúde devem consultar a cobertura do plano para saber se existe algum tipo de convênio para esse tratamento.

Existe também a possibilidade de realizar tal tratamento no sistema público de saúde, mas a lista de clínicas do SUS voltadas para esse tópico é bem reduzida.

De todo modo, a consulta com um ginecologista / urologista pode ajudar os casais a conhecerem clínicas de fertilização com valores mais acessíveis, se for o caso.

Para orientação no SUS, vale a pena procurar o posto de saúde ou a clínica da família mais perto de sua residência e informar-se sobre como é realizado o tratamento.

Se você está passando por uma fase assim e podemos deixar alguma mensagem de apoio, é que você não desista. Entenda que isso pode acontecer com qualquer pessoa.

Busque orientação médica de qualidade e siga tudo o que for passado. Pode não ser fácil, mas tem tudo para ser bonito lá na frente.


Ressaltamos que este site tem caráter meramente informativo e não possui qualquer tipo de ligação com o site oficial do SUS ou do Ministério da Saúde.

Portanto, para acessar as informações oficiais sobre o Cartão do SUS, sanar dúvidas ou fazer reclamações, nosso conselho é para que ligue para um dos número abaixo:

  • “Disque-Saúde” através do telefone 136
  • Central de Atendimento do Cartão do SUS: 0800-941-3050

Tome cuidado com sites piratas! Somente informe seus dados nos sites oficiais do Governo Federal.

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